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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

QUADRAS SOLTAS

                        
QUADRAS SOLTAS


                        Vejam só como ele mente!
                        É que mente de tal maneira
                        que até a própria mentira
                        chega a crer que é verdadeira!

                        Longe buscas o amor
                        e tão perto está de ti!
                        Porque foges? Que temor
                        do amor que te sorri?

                       Dêem-me tudo o que quiserem,
                        seja aquilo que for,
                        recusá-lo-ei se não derem
                        c'um pouquinho de amor!

                        Sonhar acordado...
                        O mundo não perdoa
                        a quem anda, atordoado,
                        fazendo coisas à toa!

                        Quis um dia ser feliz,
                        fez da vida uma esperança!
                        Eis que chega a morte e diz:
                        - Viver sempre também cansa!

                       Se o amor te bate à porta,
                       Não hesites, fá-lo entrar!
                       A cor, a idade - pouco importa! -,
                       Contanto que venha para ficar.


                      Eu tive um amor, perdi-o,
                      Comigo não quis ficar,
                      Deixou o meu coração vazio
                      E sem forças para lutar.


                     Irra! Já basta de solidão
                     E de tanto te ver penar!
                     Abre a porta, dá-lhe a mão,
                     Anda, deixa o amor entrar!
  
                   Já nem sabes se existes,
                   Teu viver já mete dó,
                    Abre-lhe a porta, não hesites,
                   É tão triste viver só!


                                                                     Autor:
                                                                               Miguel Henriques

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Poesia é...




Poesia é 
a bela arte de esculpir a frase
que o coração dita 
e a razão esboça.


                              Autor:
                                                                      Miguel Henriques

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A SÍNDROME DAS PRAXES

A SÍNDROME DAS PRAXES

Ao longo da minha vida, e já lá vão uns bons pares de anos, tive a oportunidade de conviver com muita gente. Desde os bancos da escola, passando pelo serviço militar, até ao tempo em que exerci a minha actividade profissional, fui deparando sempre, aqui e além, com um ou outro engraçadinho que sempre sentiu um prazer enorme em puxar dos galões – se os tinha, e, se os não tinha, inventava-os! –, para humilhar o seu semelhante, quer se tratasse de meras “brincadeiras” aparentemente inócuas quer em situações que envolviam já alguma gravidade, até do ponto de vista hierárquico.

A verdade é que, como denominador comum, e não sendo eu propriamente psicólogo, sempre descortinei neles um qualquer handicap traduzido na existência de uma qualquer lacuna na formação da respectiva personalidade. Fosse por se sentirem menos cultos, menos inteligentes, menos capazes, física e mentalmente, enfim… A verdade é que sempre se valiam de um qualquer ascendente para afirmarem a sua “superioridade”, recorrendo a expedientes, qual deles o mais iníquo para achincalhar o outro, como forma de disfarçarem as suas limitações intrínsecas, os seus próprios complexos.

Trata-se, pois, a meu ver, de gente com personalidade malformada ou, se preferirem, deformada. Personalidade que, a seu tempo, deveria ter sido construída de dentro para fora, assente e consolidada em valores morais, intelectuais, culturais, aqueles que realmente estruturam um verdadeiro ser humano cujo respeito se impõe de per si, sem mais artifícios ou teatralizações. Uma personalidade íntegra, bem formada, não carece de máscara, nem de atropelar ninguém para se dar ao respeito. O respeito merece-se, não se impõe; conquista-se pelo mérito, pela virtude, não pela violência, seja ela de que natureza for. Ao invés, esses indivíduos, reconhecendo as suas próprias limitações, tentam afirmar-se de fora para dentro, através da sua imposição, mais ou menos cínica e, por vezes, brutal, aos outros.

Com efeito, trata-se de personalidades de fachada, perversas e perigosas, diria mesmo que albergando um certo potencial criminoso, pois não enjeitarão nunca o ensejo de, face a uma qualquer debilidade detectada no seu semelhante, o humilharem, quiçá causando-lhe estigmas que o acompanharão para o resto da vida, quando não a põem mesmo em risco, como, infelizmente, já tem acontecido.

                                                                             


                                                                                       Porto, 16-02-2014

                                                                                       
                                                                                        (Miguel Henriques)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

APRESENTAÇÃO DO MEU ROMANCE "E AGORA?", EM SÃO PEDRO DO SUL

APRESENTAÇÃO DO MEU ROMANCE "E AGORA?", EM SÃO PEDRO DO SUL


        Em 11 de Novembro de 2012, inserida no programa de animação termal promovida pela Câmara Municipal de São Pedro do Sul, teve lugar no auditório do Balneário Rainha Dona Amélia, nas Termas, a apresentação do meu romance "E AGORA?".

       Foi com grande surpresa e enorme regozijo que vi o auditório completamente lotado por familiares e amigos que, no final da sessão, tiveram a amabilidade de adquirir o respectivo exemplar.

       A sessão foi abrilhantada pelo Rancho Folclórico de Pinho, freguesia da minha naturalidade, que me presenteou com uma pequena, mas belíssima mostra, do seu repertório.

       Com o meu agradecimento a todos os intervenientes, designadamente, aos representantes da autarquia, ao Rancho Folclórico de Pinho e a todos os que compareceram e fizeram o favor de adquirir o meu livro, aqui deixo o "filme" da sessão de autógrafos.